Segundo
as descrições, sua pele tinha um tom avermelhado, e foi dito emitir um odor
insuportável. Ele matava suas vítimas rasgando suas gargantas com os dentes. O
número de vítimas varia de acordo com fonte. De Beaufort (1987) estimou 210 ataques, resultando em 113
mortes e 49 feridos, 98 das vítimas mortas foram parcialmente comidos. Em 1764 uma jovem foi atacada por uma
fera na floresta de Merçoire, próximo de Langogne, na França. Apesar de ferida,
ela descreveu nos seguintes termos o monstro: "grande como um bezerro,
peito largo, pescoço robusto, orelhas eretas, focinho de galgo, boca negra com
dois dentes laterais longos e afiados, cauda franjada e uma lista branca que
vai do alto da cabeça à extremidade da própria cauda. Move-se dando grande
saltos.
Gévaudan,
zona que pertence a Lanquedoc (sul
da França), foi desde sempre uma zona onde os
ataques de lobos aos rebanhos eram frequentes. Porém,
em 30 de junho de 1764 e pela primeira vez, uma jovem de 14
anos (Jeanne Boulet) é assassinada perto de Langogne, uma povoação pertencente
ao departamento francês de Lozère. E
depois dessa primeira vítima seguiram outras, tratando-se sempre de jovens (curiosamente,
nenhum dos homens mortos passava dos trinta e seis anos) e mulheres, cujos
corpos se encontravam mutilados com uma violência desconhecida até então,
decapitadas ou estripadas. Logo segue uma extensa lista de ataques.
Foram
feitas na região numerosas investidas para caçar o animal, organizadas muitas
vezes por nobres da zona, como o Marquês de Apcher ou o Conde de Morangias, mas
sempre sem resultado. As notícias dos ataques da "besta" acaba
chegando até a Corte, em Paris,
e o rei Luís XV vê-se
obrigado a responder de algum jeito às demandas cada vez mais insistentes dos
camponeses, apesar de estar totalmente imerso na guerra pelas colônias da
América contra a Inglaterra, pelo que decide oferecer seis
mil libras de recompensa a quem matasse a besta.
Em 21 de setembro de 1765,
foi abatido um grande animal que foi identificado como a “Besta”, por Antoine de Beauterne Marques. Este animal
pesava 64 quilos, tinha 87 centímetros de altura e 183 centímetros de
comprimento total. O lobo foi chamado de Le
Loup de Chazes. Antoine oficialmente declarou: "Nós declaramos pelo presente
relatório, assinado por nossas mãos, que nunca vimos um lobo tão grande que
poderia ser comparado a este, é por isso que nós estimamos esta poderia ser a
besta temível que causou tanto dano". O
animal foi empalhado e
enviado para Versalhes, onde Antoine foi recebido como
um herói, recebendo uma grande soma de dinheiro, bem como títulos e prêmios. Entretanto,
em 2 de dezembro do mesmo ano, foram relatados novos ataques a duas crianças
que ficaram gravemente feridas. Dezenas de casos de ataques foram novamente
relatados.
O
assassinato da segunda criatura que, eventualmente, marcou o fim dos ataques é
creditado a um caçador local, Jean Chastel, que a deu um tiro durante uma caçada
organizada por um homem nobre local, Marquis d'Apcher, em 19 de junho de 1767.
Segundo os dados da época, este animal pesava 58 quilos, e foi morto com uma bala de prata benzida por um padre,
sendo este o primeiro registro desse tipo de caçada, depois popularizada nas
buscas ao lobisomem. Ao ser aberto, no estômago do animal
foi comprovado que continha restos humanos. Então
eles chegaram a uma conclusão, a besta era um Loup-Garou, ou em outras palavras
um lobisomem, que na maioria das vezes comia as suas vitimas, tanto homens como
mulheres, sem preferência.
CRIPTOZOOLOGIA
Certos criptozoologistas sugerem que a Besta poderia ser uma
reminiscência de um mesoniquídeo, observando como algumas
testemunhas descreveram o animal, como um lobo enorme com cascos ao invés de
patas e era maior do que qualquer lobo de tamanho normal.
Em
outubro de 2009, o canal History exibiu
um documentário chamado A Real
Wolfman, que argumentou que era um animal exótico na forma de uma hiena asiática, uma espécie de pelos
compridos de Hyaenidae agora
extinta na Europa.
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