terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Família acredita ver "fantasma" de avó morta em fotografia





Uma família australiana, de Melbourne, ficou aterrorizada ao deparar-se com um rosto fantasmagórico numa fotografia tirada por Dayna Lynch, de 18 anos, ao pai e à madrasta num momento de descontração em casa. A família não quis acreditar quando percebeu que o rosto que surgia na foto se parecia com a avó de Safiye, a madrasta da jovem, quando era mais nova. Na imagem, vê-se um vulto que aparenta ser uma cabeça a espreitar da janela, enquanto o casal está sentado no sofá, completamente descontraído e alheio à situação. Ao jornal The Sun, Dayna revela que inicialmente pensou que tal fenómeno poderia estar relacionado com a exposição da objetiva à luz ou algo mais técnico, no entanto, essa hipótese foi rapidamente posta de lado.  "Eu estava a tentar tirar uma fotografia sem eles darem conta quando me apercebi daquela 'forma' estranha a 'espreitar' na janela. Quando vi parecia um rosto humano nem quis acreditar. Inicialmente ainda pensei que pudesse ser um reflexo mas depois quando tentei repetir a fotografia, exatamente com a mesma luz e no mesmo lugar, o mesmo já não voltou a acontecer", revelou a jovem de 18 anos.  Safiye, a madrasta de Dayana, não quis acreditar que o vulto se parecia com a sua avó quando era mais nova e cujo funeral tinha sido apenas há quatro dias, na Turquia.  "Até aqui ninguém acreditava em fantasmas lá em casa, mas naquela noite ninguém conseguiu dormir. Fui à Internet à procura de explicações para o sucedido mas nada justifica aquele fenómeno. Foi surreal", termina. 

FONTE: cmjornal.pt


É precipitado afirmar que seria a avó, as vezes essa figura já frequentava a casa sendo percebida apenas naquela ocasião. Como ocorreu o falecimento da avó, acabaram associando uma coisa com outra. Além de que, certas entidades tem a força de assumir a forma que quiser, como: sombras, luzes, pessoas ou até mesmo fumaça negra dentre outras. Também há possibilidade de não ter nada de mais ali, sendo simplesmente luz e reflexo. (mas cá entre nós, eita "reflexo" esquisito eim)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

lugares mal assombrados Paratinga-BA , nas Águas do Paulista fotografia capta presença de fantasmas.








Em 2016 circulava no whatsApp, a foto de um rapaz, com supostos fantasmas aparecendo atrás de sua imagem, deixando internautas intrigados.



Segundo informações de internautas, o fato aconteceu nas águas do Paulista município de Paratinga-BA, era uma noite comum, o rapaz que aparece na foto foi até as águas com um amigo, seu colega não quis entrar na água, o rapaz entrou sozinho, programou o celular para tira foto automaticamente, primeira foto saiu ótima, mas quando ele observa a segunda foto, ficou surpreso com o aparecimento de dois rostos atrás da imagem e um vulto estranho em sua mão direita. O que está intrigando os internautas é o fato que moradores daquele povoado relatam que alguns anos atrás, dois homens morreram afogados naquelas águas, afirmam ainda que as imagens que aparece atrás do rapaz são dos homens que morreram há anos atrás. Observe a foto e tire sua conclusão, não estamos aqui com brincadeiras apenas divulgando um fato curioso que aconteceu.
 

Veja as fotos abaixo.
 


sábado, 9 de dezembro de 2017

O misterioso massacre envolvendo avião militar e forças desconhecidas


"Que forças sobrenaturais ou de outro mundo invadiriam um avião militar em pleno vôo, e em seguida exterminaria toda a tripulação? O que teria tecnologia e força para realizar tal façanha? Parece incrível, mas aconteceu, provando que não estamos seguros contra os seres do além, e nem tão pouco de outro mundo ."


"O fato descrito a seguir ocorreu no verão de 1939, permanecendo em segredo militar por vários anos."


Alguma coisa terrível aconteceu em pleno ar um dia no fim do verão de 1939 - e até os dias de hoje o incidente permanece envolto no maior segredo.

Tudo o que se sabe é que um avião de transporte militar deixou a Marine Naval Air Station em San Diego, Califórnia (USA) (Coordenadas: Latitude 32°42'9.08"N, Longitude 117°12'26.98"W), às 15:30'.
O aparelho e sua tripulação de treze homens estavam realizando um vôo de rotina para Honolulu.
Três horas mais tarde, quando a aeronave estava sobre o oceano Pacífico, soou UM desesperado sinal de socorro, e em seguida o sinal de rádio ficou mudo.

Pouco tempo depois, o aparelho voltou à base e fez um pouso de emergência.
O pessoal de terra correu em direção ao avião e, quando os oficiais entraram na aeronave, ficaram horrorizados ao ver doze tripulantes mortos.
O único sobrevivente era o co-piloto, que, embora seriamente ferido, tivera tempo suficiente para trazer o avião de volta à base. Poucos minutos depois, ele também morreu. Todos os cadáveres tinham grandes ferimentos abertos.

O mais estranho é que o piloto e o co-piloto haviam esvaziado as pistolas automáticas Colt 45 contra alguma coisa.
As cápsulas vazias foram encontradas no chão da cabine. Um odor azedo, sulfúrico, podia ser sentido no interior de todo o aparelho.
O exterior da aeronave estava bastante danificado, parecendo que ela havia atacada por mísseis.
As pessoas que entraram no avião saíram com inexplicável infecção cutânea.
Medidas de segurança extremas foram rapidamente acionadas, e a tripulação de terra de emergência recebeu ordens de abandonar a aeronave.
Os trabalhos de remoção dos corpos e de investigação do caso foram deixados para três médicos.

O incidente foi abafado e só veio à público quinze anos mais tarde quando o investigador Robert Coe Gardner tomou conhecimento do ocorrido por alguém que estivera presente no avião após o seu pouso e presenciou o horror que existia em seu interior.

O mistério do que os tripulantes daquele avião encontraram em pleno ar naquela tarde em 1939 jamais foi desvendado.
Base Aéro Naval de San Diego, local onde decolou e pousou o fatídico voo militar que teve seus tripulantes cruelmente massacrados por alguma coisa ou visitante misterioso






terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Pe de Veludo - os milagres do falescido ladrão que roubava dos ricos e dava aos pobres

Todos os anos, no Dia de Finados, um dos locais mais visitados no Cemitério da Saudade, em Marília, é a capela do lendário ladrão Guaraci Marques Pinto, o Pé de Veludo, morto aos 21 anos, em 1964. Ele era tido como um Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Ganhou fama de milagreiro e seu túmulo passou a receber placas por ações de graças. Conheça a história da idosa que construiu a capela para Pé de Veludo.
Na noite dia 11 de novembro de 2011, a aposentada Terezinha Maria de Jesus, então com 83 anos de idade, morreu durante um assalto a casa dela, no Bairro Castelo Branco, na Zona Norte de Marília, Um bandido invadiu a casa dela. Apresentando alguns hematomas nos braços e no rosto, de bruços e com a cabeça coberta por um pano, ela foi encontrada por familiares morta trancada numa edícula nos fundos da casa. A suspeita é que ela tenha sofrido um infarto fulminante ao sofrer o ataque. 
O ladrão levou R$ 350 em dinheiro e cartões de bancos de dona Terezinha. Um borracheiro que já havia pedido dinheiro para familiares dela, foi investigado e apontado pela polícia como autor do crime. Dona Terezinha deixou, além do marido,  três filhas, quatro netos e um bisneto. 
Dona Terezinha foi tema de uma reportagem publicada pelo Jornal do Povo (Edição 227, em outubro de 2009) relacionada ao lendário ladrão Guaraci Marques Pinto, o Pé-de-Veludo, tido como milagreiro.
JP acompanhou dona Terezinha durante limpeza na capela do bandido, no Cemitério da Saudade. Foi ela que, em meados de 1979, mandou construir a capela sobre o túmulo do Pé-de-Veludo. “Fiz isso por uma ação de graças após ter conseguido fazer o casamento da minha filha”, explicou ela na reportagem. “Eu não tinha dinheiro, pedi em reza para o Guaraci e consegui tudo, um belo vestido de noiva e até uma vaca para o churrasco”. Contou que naquela época, após a festa, quando foi mexer numa gaveta, ao desenrolar uma toalha de mesa, encontrou quase a mesma quantia que gastou na festa. Ela chegou em Marília com o marido, ferroviário, por volta de 1970.
“Aí fiquei sabendo da história do Guaraci, que era uma boa pessoa e ajudava os pobres”. Ela contou que certa feita uma vizinha sua foi à capela e quebrou tudo. “Mandei fazer um retrato colorido do Guaraci e arrumei tudo de novo”. Dona Terezinha tinha as chaves da capela e dizia que sempre iria cuidar da mesma, que pagou para construir. Às vésperas do Finados de 2010, ela disse ao JP que tinha ficado doente nos últimos meses e por isso não tinha ido ao cemitério. “Juntou muita sujeira na capela e agora vim limpar para o Finados”, explicou. 

Pé de Veludo - O ladrão Santo


Ainda eram 8h10 daquele dia griséu e o cemitério era um corpo só, uma massa de gente zanzando com lentidão, vagueando com olhos plácidos os túmulos dos queridos entes. Mal se caminhava naquelas alamedas cheias de pessoas – 120 mil falecidas e 110 mil vivas até o fim do dia –, de nomes desconhecidos, de retratos desbotados, de cruzes lascadas, de flores frescas pisoteadas, de sepulturas azulejadas em tons mais ou menos austeros. Eu estava ali naquele Finados para conhecer um santo.

Sob um céu amantado e uma terra populosa a contemplar seus mortos, o aposentado Valdelício Beneti encontrou o sepulcro de seu amigo da juventude. Quadra 51 do Cemitério da Saudade, em Marília. Nesse Dia dos Mortos, havia mais flores que nos anos anteriores – o amigo de Seu Valdelício é pop. E um homem santo. As duas placas anônimas de gratidão por milagres ainda jaziam lá na parede da capela, bem como a inscrição
Um grupo de aproximadamente dez pessoas ladeava o humilde jazigo castigado pelo tempo. Com exceção da quantidade de flores, estava tudo igual aos olhos visivelmente fatigados do sexagenário Valdelício. Por mais que as visitas se repetissem todo ano, para o aposentado sempre era uma emoção ímpar estar na capela de Guaracy, em vida ladrão e, agora, espírito divino.

O ladrão

Guaracy ganhou as páginas policiais do antigo Jornal do Comércio pela primeira vez em 1962, antes de completar a maioridade. A ele, foram atribuídos 36 roubos – todos cometidos no período de 15 dias. Alcunhado de Pé de Veludo graças à sua destreza em entrar nas residências mais ricas sem despertar os moradores, Guaracy, por vezes, invadia e furtava mesmo que a família estivesse em casa, acordada. Nunca as vítimas se apercebiam da ação por causa da leveza dos passos do ladrão. A audácia era tamanha que, por vezes, no meio do roubo, o jovem bandido tirava uns minutos para fazer um lanchinho, ou mesmo ir ao banheiro.
Também não raros eram os bilhetes que Pé de Veludo deixava para as vítimas. Uns, provocadores; outros, galanteadores. Isabel Cristina Pereira, estudiosa do Pé de Veludo, levantou alguns recados deixados por Guaracy: segundo ele, uma tal Shirley “tinha pernas bonitas”; já a comida da casa da Cida “estava uma delícia”, bilhete postado ao lado do liquidificador usado para uma vitamina durante o furto; um marido “deveria cobrir a mulher para ela não ficar mostrando esse bundão”.

O Santo

O que espanta e até mesmo comove, porém, é a caridade do gatuno. Ao fim do expediente de crimes, partilhava o que conseguia com os menos afortunados de seu bairro. Comprava mantimentos para as famílias pobres, pagava refrigerante aos moleques da rua, distribuía álbuns e figurinhas aos alunos da Escola Estadual Gabriel Monteiro. O ladrão mudou a vida, por exemplo, de Edson.
Aos cinco anos, Edson não pensava em ser o funileiro que hoje é. As coisas mudaram, exceto uma: a vida difícil. Naquela época, um dia, ele caminhava com a mãe pela rua Amazonas. Ambos estavam com fome e não havia alimento em casa. O menino não hesitou quando cruzou com Guaracy na rua. “Moço, me dá um pão”, pediu Edson, sem prever que aquilo lhe renderia uns beliscões da mãe, mulher desconfiada daquele que todos diziam ser bandido. Ao pedido, Guaracy fez mais: levou mãe e criança a um bar e comprou alguns mantimentos para a família.

O matador que morreu

Wilson Mattos, um dos mais famosos radialistas de Marília, foi o único que cobriu ao vivo a morte de Guaracy Marques Pinto. Na época, ele era repórter policial da Rádio Clube em tempos em que que jornalista gastava sola de sapato para apurar um fato. Fazia o giro pelas delegacias quando soube que “o delegado foi à casa do Pé de Veludo e morreu baleado”. Isso resume todo o bangue-bangue que alvoroçou Marília e acabou com a vida de policiais e de Guaracy.
Depois de ser acusado de corrupção de menores – afinal, dar goró a menores é crime – e com um passado de meliante nas costas, Guaracy ficou novamente no radar da polícia. Um novo delegado adjunto lotado em Marília, de nome Ewerton Fleury Curado, ouviu falar deste tal Pé de Veludo. Intimou-o, mas Guaracy negou-se a comparecer à delegacia. Dr. Ewerton decidiu ir à casa de Guaracy. Lá, fez uma revista. E encontrou um arsenal.
Dois tiros. Alcyr, irmão de Guaracy que estava em casa com outros dos seus, ao ver que o delegado havia descoberto onde os revólveres e as garruchas estavam malocadas, não hesitou e disparou duas vezes. Dr. Ewerton foi atingido no coração e na cabeça, mas viria a morrer apenas no hospital. O ordenança também foi atingido.
Todos fugiram. Fez-se breve paz em que dois corpos sangravam à morte iminente. Foram socorridos e levados ao hospital. Então, toda a força policial soube do ocorrido. Seguiram à casa de Joscelino.
Guaracy não estava presente no tiroteio. Chegou de ônibus logo em seguida e nada viu.
Pouco tempo depois, um batalhão estava em frente da casa dos Marques Pinto. Guaracy não se entregaria com vida.
Todos os depoimentos são unânimes: Guaracy era o único dentro de casa, mas ziguezagueava os cômodos e disparava com veemência. Com vontade. Com cólera. Era um exército do lado de fora contra um único homem do lado de dentro da casa, mas parecia o oposto. O bangue-bangue durou das 15 horas às 18h30, e nenhuma das forças ficou sem munição, tamanho era o arsenal dos Marques Pinto.
Depois de mais de três horas de zunidos de dentro para fora da casa e vice-versa, a polícia não via modos de dar fim ao tiroteio, de capturar Pé de Veludo vivo ou morto. Hoje não se sabe quem, mas um dos policiais teve a brilhante ideia de equipar um carro com uma placa de aço para se aproximar da residência. Um escudo móvel que, por fim, possibilitou que a força militar adentrasse no terreno. Chegando lá, outra ideia espetacular: por que não jogar uma bomba de cloro dentro da residência para afugentar Guaracy e quem mais houver? Genial!
Fez-se a bomba de cloro com materiais da estação de tratamento do Departamento de Água e Esgoto de Marília, que ficava próximo da casa. Pronta, ela foi atirada dentro do imóvel. Minutos se passaram. Os tiros cessaram. Ninguém saiu.
Guaracy foi encontrado morto. Seu pulmão havia ressecado em virtude do gás cloro. A quantidade utilizada foi tamanha que apenas às 23 horas do dia seguinte o cheiro se dissipou por completo e os peritos puderam trabalhar. “Ele foi exterminado com arma química”, resume Wilson, ainda hoje indignado com o fato de, mesmo sendo proibidas armas do gênero em guerras, ainda assim um exemplar delas foi usado em Marília.
Além de outros cinco policiais, ambos morreram: delegado e bandido. O primeiro, de maneira heroica, em cumprimento do dever cívico; o segundo, de modo desumano, humilhante, “[...] apresentando ferimentos vários, inclusive os produzidos por armas de fogo, o jovem delinquente jazia estirado sobre os umbrais de uma porta, na posição de quem tentasse, do quarto, atingir a sala que dava para o alpendre”, segundo o jornal. Uma morte destinada apenas aos mártires, quiçá.
A mortalha continuou pelos dias que se seguiram àquele fatídico 9 de dezembro de 1964. Dois irmãos de Guaracy foram encontrados mortos em cidades vizinhas, e tais assassinatos nunca foram investigados.

O Abençoado que cura

Hoje, alguns detalhes passam despercebidos pela memória de Wilson. De fato, há pouco interesse no tiroteio. O mesmo não se diz dos desdobramentos originados por ele. Assassinado pela polícia em 1964, Guaracy tomou status de mártir. Para a beatificação a boca popular, falta pouco ou nada. Mesmo do outro mundo, Pé de Veludo apronta das suas peripécias. Valdelício, assim como outros marilienses, diz ter sido milagrosamente curado pelo ladrão. Ou melhor, por seu espírito quase santo.
No começo da década de 1970, o aposentado teve um problema no fígado. Os médicos não conseguiam curar. “Pedi ao espírito de Guaracy e fui atendido.” Fazem coro à crença de Seu Valdelício os antigos moradores do bairro, testemunhas da boa alma do gatuno. A parte que coube ao aposentado, porém, dinheiro nenhum paga. Seu Valdelício sabe disso e traduz sua gratidão no choro escondido por olhos amiudados pela idade. Sempre que o aposentado visita Guaracy no Finados, esbarra em curiosos e outros ditos agraciados, em acadêmicos que pesquisam a vida do ladrãoe repórteres. Neste ano, até o meio-dia, cerca de 250 pessoas passaram pela última morada daquele que, em vida, já foi o terror das moradas mais altivas da cidade. Muitas pessoas acendem velas, e o calor próximo ao sepulcro contrasta com o clima ameno daquela manhã.
Postada em meio à quentura, está Vanda Lúcia Beneti, esposa de Seu Valdelício. Ela não conheceu Pé de Veludo pessoalmente, mas garante: se um dia seu marido não puder visitar o amigo, ela vai sozinha prestar homenagem ao gatuno. Por respeito e gratidão aos feitos miraculosos daquele santo ladrão após sua morte, Vanda visitará o desconhecido e lhe acenderá uma vela. Lamenta apenas os filhos não terem esse mesmo gesto.
Um homem calvo, de camisa polo em tom rosa enfiada na bermuda branca, para em frente à capela. Fixa seus olhos na porta transparente – sempre trancada –, e tenta enxergar o interior. De maneira furtiva, leva a mão à testa e encosta o rosto no vidro para melhor reverenciar o retrato do ladrão. Lá dentro jaz uma fotografia antiga, visivelmente restaurada em cores, e lembra decerto algumas obras de pop art. Sim, o santo é pop. O professor Aníbal Guedes Abigail não conheceu Guaracy Marques Pinto como Pé de Veludo. Para os amigos, como o professor, o gatuno era apenas Vivi. Eram amigos e vizinhos.
Enquanto observa a imagem atrás do vidro empoeirado, Aníbal relembra sua infância e a importância daquele ladrão em sua vida. Aos 13, o professor deixou seus amigos graças aos conselhos de Pé de Veludo que, na época, contava 18 anos. “Eu estava saindo com uns bandidinhos da vila e Vivi pediu-me para manter distância daquele pessoal. Nunca mais os vi desde então. Acatei o conselho e cortei relações”, conta Aníbal, que não nega respeito ao nada infame ladrão e afirma: todos no bairro o escutavam. Pé de Veludo – ou Vivi – era estimado por sua inteligência e persuasão pelos moradores de uma das mais pobres regiões de Marília.
Até mesmo Aníbal, amigo íntimo de Pé de Veludo na década de sessenta, impressiona-se com as histórias de benfeitorias post-mortem do ladrão que ouve na rua. “Eu soube de uma menina que, desenganada pelos médicos, pediu a graça da cura e Pé de Veludo concedeu”, relata o professor, que nunca precisou pedir graça alguma para si. Não sabe se a história é verdade, tampouco conhece seus personagens, mas nada disso importa: maior que o homem é o mito.
Aníbal deixa a quadra 51 para, enfim, visitar seus parentes. Não sem antes olhar o aglomerado de gente na capela. Sai satisfeito. Desvia dos corpos – vivos e mortos – e some por entre cruzes, azulejos e flores.


Capela onde se encontra os restos mortais de Pé de Veludo

Texto retirado do jornaldopovomarilia.net escrito pelo jornalista Rodolfo Viana

domingo, 3 de dezembro de 2017

O incrivel caso de Teresita Basa, o fantasma que ajudou a policia a encontrar seu assassino



Essa história inicia em 21 de fevereiro de 1977, quando o corpo de Teresita Basa foi encontrado pela polícia. A mulher, que tinha 48 anos, foi encontrada caída no chão de seu luxuoso apartamento de Chicago. Fora apunhalada até a morte e teve também o corpo parcialmente queimado.

Como muitos outros imigrantes cheios de esperança, Teresita Basa chegara aos EUA vindo das Filipinas, em busca de emprego e vida melhor. Trabalhava como terapeuta especializada em doenças respiratórias no Edgewater Hospital, e a polícia não conseguiu encontrar pistas que levassem à solução do crime. A impressão inicial dos policiais foi de que talvez ela tivesse sido assassinada por um namorado. A verdadeira solução do caso, no entanto, viria do fantasma da própria Teresita.

O dr. José Chua e sua mulher também trabalhavam no Edgewater Hospital, embora não tivessem conhecido Teresita intimamente. Uma noite, quando já estavam em sua casa, em Skokie, uma pequena cidade nos arredores de Chicago, a sra. Chua inesperadamente entrou em um estranho tipo de transe. Ela levantou-se e caminhou em direção ao banheiro, onde se deitou. Em seguida, uma voz estranha, falando em dialeto filipino, saiu de sua boca: “Meu nome é Teresita Basa”.

Depois que aquela estranha voz acusou um assistente hospitalar de ser o assassino, a sra. Chua despertou do transe. Contudo, sofreu outros transes mediúnicos parecido durante os dias seguintes, declarando, sempre com a voz da mulher assassinada, que o assistente, um jovem negro chamado Allen Showery, roubara-lhe as jóias e dera seu colar de pérolas à amante.

O dr. Chua, aterrorizado com as declarações da esposa, viu-se sem outra alternativa a não ser entrar em contato com a polícia local. Telefonou para Joseph Stachula e Lee Epplen, veteranos investigadores.

Os policiais, naturalmente, não acreditaram na história do dr. Chua, porém, na falta de outras pistas para solucionar o caso, decidiram agir. Interrogaram minuciosamente o dr. José Chua e sua mulher sobre as declarações da falecida Teresita Basa.  Perguntaram especificamente ao casal se Teresita dissera que fora estuprada antes de ser assassinada. Na verdade, a falecida não fora estuprada, e os investigadores fizeram essa pergunta apenas para ver se o casal cairia na pista falsa. No entanto, os dois não morderam a isca. Os investigadores também ficaram impressionados com a quantidade de detalhes que o casal parecia saber sobre o assassinato.

Trabalhando a partir dessas pistas, a polícia de Evanston deu uma busca no apartamento de Allen Showery e descobriu as jóias de Teresita. Os policiais chegaram mesmo a encontrar o colar de pérolas com a amante do assassino. Ao ser confrontado com as provas, Showery confessou o assassinato e foi condenado pelo crime. O caso foi oficialmente encerrado em agosto, aparentemente solucionado pelo fantasma de Teresita.