A verdade
Jorge teria nascido na
antiga Capadócia,
região do centro da Anatólia que,
atualmente, faz parte da República da Turquia.
Ainda criança, mudou-se
para a Palestina com sua mãe após seu pai,
Gerôncio, morrer em batalha. Sua mãe, Policrômia, era originária de Lida,
na Palestina, atual Lod, em Israel,
era possuidora de muitos bens, tendo educado o filho com esmero na Fé Cristã.
Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a
que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a
capitão do exército romano devido a sua
dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o
título de conde da província da Capadócia. Aos 23 anos passou a
residir na corte imperial em Nicomédia.
Devido a seu carisma,
Jorge não tardou em ascender na carreira e, antes de atingir os 30 anos
foi Tribuno Militar e comes,
sendo encarregado como guarda pessoal do imperador Diocleciano (284-305),
em Nicomédia.
Consta que, quando do
falecimento de sua mãe, ele, tomando sua vultosa herança, tudo doou aos pobres
e necessitados, causando tal fato surpresa na corte imperial, a qual ainda
desconhecia a fé cristã de Jorge
Em 303, Diocleciano
(influenciado por Galério)
publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos
os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao
encontro do imperador para objetar, e perante todos declarou-se cristão. Não
querendo perder um de seus melhores tribunos, o imperador tentou dissuadi-lo
oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel
ao cristianismo, o imperador tentou
fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era
levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar
aos deuses romanos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio, aos
poucos, ganhado notoriedade e muitos romanos, tomado as dores daquele jovem
soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo.
Finalmente, Diocliciano, não tendo êxito,
mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia,
na Ásia Menor.
Hoje são varias as
igrejas espalhadas pelo mundo que levam o nome do santo Guerreiro, que também é
padroeiro de vários países. São Jorge é considerado padroeiro em varias partes
do mundo, também padroeiro do exército brasileiro e dos times do Corinthians Paulista (Brasil) e
F C Barcelona (Espanha).
O dia de são Jorge é 23 de abril que foi o dia de
sua morte, também comemora o dia de são Jorge em 3 de novembro.
Apesar de São Jorge não ser o padroeiro da Inglaterra mas sim de Londres, a bandeira
inglesa leva a Cruz de São Jorge em referencia ao mesmo. O Papa Leão XII em 1893 substituiu São Jorge por São Pedro como padroeiro inglês.
O Papa Paulo VI em 1963 rebaixou São
Jorge para santo menor de terceira categoria (na hierarquia católica). Em
2000 o Papa João Paulo II (que se dizia carioca) o restaurou a
relevância do santo.
A Geórgia tem este nome
por causa do santo, Na Bulgária o Dia de São Jorge é feriado nacional.
Abaixo veremos as estórias fantasiosas referente a São Jorge, ressaltamos que embora provavelmente São Jorge nunca teria lutado com dragões, a igreja católica preserva essa imagem com o santo para representar a queda dos símbolos e da idolatria.
As estórias fantasiosas
Baladas medievais contam] que Jorge era filho de Lorde
Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi
roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com
suas armas. O corpo de Jorge possuía três marcas: um dragão em seu peito, uma
jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao
crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e,
depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma
cidade da Líbia.
Nesta
cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava
em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia
matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e
nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o
sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas,
só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou
dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Ao ouvir a história, Jorge ficou
determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e
quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um
pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura
seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o
local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo
e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O
dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de
trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro,
matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada
com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem.
Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive
feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De
acordo com a outra versão, Jorge
acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um
gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que
buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade,
pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da
criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o
intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à
fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O
sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de catorze anos.
Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha
da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da
história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o
reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e
todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento,
Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera,
Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do
monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu
corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do
dragão até recuperar suas forças.
Ao
ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua
poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo
sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em
seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo
que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da
fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa,
conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da
cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de
toda cidade se tornam cristãs.
Fontes: globo e wikipedia
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