sexta-feira, 3 de julho de 2015

O mistério das pedras que se movem sozinhas

Os acontecimentos a seguir ocorrem na Califórnia em um lugar chamado Vale da Morte.
Este fenômeno geológico intriga tanto os curiosos quanto os especialistas. Ainda não existe um consenso de como essas pedras podem se mover por longas distancias sem a intervenção de nenhum ser vivo.
A ação de animais, gravidade ou tremores de terra já foram descartados pela NASA, agência norte-americana, de acordo com comunicado em seu site.
Algumas pedras conseguem se mover por mais de 450 metros, enquanto outras "caminham" em pares, deixando rastros sincronizados.
As rochas só se movem a cada dois ou três anos, e a maioria dos rastros se desenvolvem por três ou quatro anos. As pedras ainda são capazes de se virarem, expondo outro lado para o chão, e deixando rastros diferentes. Esses rastros podem se diferenciar tanto em direção quanto em distância. Rochas que podem partir juntas de um certo ponto, podem seguir por uma linha paralela por um tempo, e logo uma delas pode mudar de direção abruptamente para a esquerda, direita ou até para trás, na direção de onde veio. O tamanho das trilhas também varia bastante, duas rochas de tamanhos e formas similares podem viajar uniformemente, e uma delas pode simplesmente parar, enquanto a outra continua.
Geologistas mapearam toda a área do Racetrack Playa em 1948, e registraram os rastros das pedras. Naquele tempo, a maioria dos estudiosos concordou que a hipótese mais plausível seria que esse fenômeno fosse causado por ventos fortes quando o solo do rio estivesse minimamente úmido, e que, se essa não fosse a causa principal, com certeza seria fortemente responsável. Porém, algumas rochas pesam tanto quando um ser humano, fato que fez com que alguns geólogos, como George Stanley, acreditassem que tais rochas seriam excessivamente pesadas para serem empurradas pelo vento. Estudiosos que seguem Stanley, acreditam que camadas de gelo ao redor das pedras podem tanto ajudar a pedra a “pegar” mais vento, ou podem ajudar as pedras a deslizar sobre camadas de gelo no solo.
Em maio de 1972, Bob Sharp e Dwight Carey criaram um complexo programa de monitoramento das pedras do Racetrack Playa. Eles registraram e rotularam cerca de trinta pedras, e usaram estacas para marcar suas posições. A cada pedra foi dado um nome, e as posições das pedras foram registradas por um período de sete anos. Eles fizeram muitos testes para tentar provar a teoria das camadas de gelo, mas ela não se comprovou, as pedras se moviam da mesma forma, independente da presença ou não de gelo. Eles usaram cercados e estacas, que deveriam impedir a ação do vento e detectar alterações causadas pelo congelamento. Isso indicou que, se o gelo faz parte dessa equação, a sua importância deve ser muito pequena, quase desprezível. Outros pares de pedras foram selecionados, e em muitos deles, apenas uma delas se moveu.
Posteriormente, em 1995, alguns pesquisadores detectaram a ocorrência de ventos incomumente fortes na região do rio, que podiam ser comprimidos e intensificados por causa da configuração topográfica da região, podendo esses ventos chegarem a 90km/h, com rajadas de até 140km/h. Acredita-se, que essas rajadas são suficientemente fortes para ser a força de impulso que dá início ao movimento das pedras, enquanto os ventos constantes e mais fracos podem ser responsáveis para manter o movimento das pedras, já que apenas metade da força inicial seria necessária para manter a pedra em movimento.
Um estudo publicado em 2011, postulou, novamente, que pequenas formas de gelo deveriam ser formadas ao redor das pedras, quando o nível do rio aumentava, e esse gelo seria responsável por diminuir a força de atrito nas pedras. Mas essa teoria não pode ser totalmente aceita, pois os movimentos das pedras já foram registrados em temperaturas muito superiores ao do congelamento da água, impossibilitando a formação de gelo.

E o mistério permanece até hoje.







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