domingo, 13 de abril de 2025

A historia real por traz do filme: O Exorcismo de Emily Rose

 Em 1976, uma jovem chamada Anneliese Michel, faleceu em uma cidadezinha da Alemanha meses após ter passado por exaustivas sessões de exorcismo. O caso foi levado à promotoria pública, que processou os pais dela e dois padres por homicídio por negligência.

Fazia alguns anos que Anneliese sofria com convulsões e alucinações, um quadro clínico que foi tratado como epilepsia do lobo temporal. Porém, a ineficácia dos remédios ao longo do tempo levantou outra hipóteses para a família dela, que era bem religiosa: possessão demoníaca. Com a ajuda de um padre da paróquia local e a autorização do bispo, foram conduzidas as sessões de exorcismo que, segundo os padres exorcistas, tiveram êxito. Após isso, Anneliese parou com o tratamento médico também.

Em questão de meses, a saúde dela ficou bem debilitada, levando a um quadro de desnutrição e desidratação profundas, além de ossos quebrados de tanto se ajoelhar para rezar. O caso foi parar nos tribunais e rendeu um verdadeiro embate entre ciência e religião para tentar justificar o quadro de Anneliese e os tratamentos mais indicados para salvar sua vida. 

De um lado, os médicos argumentavam que não havia possessão e que suas alucinações com demônios eram um sintoma da epilepsia. Do outro, padres argumentavam que não existe remédio contra o diabo. Como evidências, foram reproduzidas fitas das gravações feitas durante o exorcismo. Tanto os pais como os padres foram condenados e cumpriram a pena em liberdade condicional.

O caso completo está no livro Possessão, escrito por Felicitas D. Goodman após uma extensiva pesquisa sobre o episódio. Ele também inspirou o filme O Exorcismo de Emily Rose, com direito aos desdobramentos jurídicos.


FONTE: darkside