segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Os mistérios do Edifico Martinelli

 Histórias assombram os corredores de um dos mais imponentes edifícios de São Paulo

Durante muito tempo ele era o símbolo de São Paulo. Fora toda a fama, o Edifício Martinelli, localizado no centro da cidade de São Paulo, abriga muitas histórias que teriam acontecido em seus corredores. O edifício, cuja construção teve início em 1924 já viveu muitas fases e passou de casa nobre à bordel. Foi salvo da demolição pelo prefeito Olavo Setúbal, em 1975. Atualmente utilizado pela prefeitura, o prédio já foi palco de suicídios, homicídios e outros vários crimes no período em que esteve mal habitado. Tantos casos, as tantas lendas que percorrem os andares do Martinelli acabaram deixando funcionários e visitantes com calafrios.

Angela Maria, 55 anos, assistente de gestão de políticas públicas trabalhou durante 16 anos no Martinelli. Ela diz que nunca viu fantasmas nas salas ou corredores do local, porém ouviu diversas histórias sobre isso tudo. “A história mais frequente que contam é sobre a moça loira, que ronda os andares. Segundo dizem, na época que o prédio era ocupado por um bordel e bares, ela foi assassinada e jogada no poço do elevador. Desde então, muita gente diz que já viu a mulher vagando pelos corredores ou nos elevadores. E, claro, tudo isso durante a noite”, conta.


Ninguém conhece com exatidão a identidade da “loira do Martinelli”. Alguns dizem que a moça teria suicidado no prédio, em 1936, depois de uma briga com a família. Outros contam que ela se chamava Márcia, e foi brutalmente assassinada e jogada no fosso que vai do terraço até o 2º subsolo. O certo nessas histórias é que, verdadeiras ou não, já causaram e continuam causando muito medo nas pessoas que já passaram pelo local. “Uma das ascensoristas chegou a ver a loira e ficou apavorada”, conta Edna Souza, colega de trabalho de Angela, nos tempos de Martinelli.
Apesar de nunca ter ficado até tarde no prédio, Angela conta que já presenciou atividades estranhas no edifício. “Uma noite, estava com mais dois colegas e minha chefe fazendo hora extra, quando começamos a ouvir a porta do elevador abrir e fechar diversas vezes, além de passos no corredor. Quando fomos olhar, não havia nada, e os meninos começaram a falar da história da loira. Paramos de trabalhar na hora e fomos embora, com muito medo.”

Apesar de famosa, a loira não é a única história que assombra o Martinelli. Durante o período em que foi um bordel, o fosso do prédio era utilizado como desova de corpos, dizem. A história mais chocante aconteceu em 1947, quando um garoto judeu chamado Davidson foi violentado, estrangulado e jogado no poço do elevador. O autor do crime, conhecido como o “assassino da meia-noite”, foi preso e confessou. Outros delitos foram descobertos após a revitalização do prédio, quando várias ossadas humanas foram encontradas no fosso.

A verdade é que, mal assombrado ou não, o Edifício Martinelli é um dos mais conhecidos da cidade por suas histórias macabras. Mesmo quem nunca presenciou alguma atividade estranha por ali, tem medo de habitar os corredores do prédio durante a noite. Não há como provar que as lendas sejam verdadeiras, mas Angela acredita que “quando muitas pessoas comentam sobre alguma coisa é porque existe alguma verdade escondida na história.”


FONTE: http://fiamfaam.br/momento/?pg=leitura&id=4478&cat=0

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