quarta-feira, 17 de junho de 2020

Fantasma Ajuda a Desvendar o Próprio Assassinato

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Independente de que você acredite em coisas desse tipo ou não, você já deve ter ouvido falar de espíritos que voltaram do além para transmitir mensagens aos vivos. Pois a história que vamos contar a seguir — postada originalmente pelo pessoal do site mental_floss — não só se refere a um fantasma que parece ter retornado do mundo dos mortos, como supostamente teria ajudado a desvendar o próprio assassinato. A história aconteceu em 1897, e tudo teve início depois que Zona Elva Shue, esposa de um homem chamado Erasmus Shue — chamado de Edward pelos conhecidos, um ferreiro de Greenbrier, em West Virginia — ...
foi encontrada morta. Shue mandou o filho de um vizinho até a sua casa para perguntar a Zona se ela precisava de algo do mercado, quando o menino descobriu o corpo ao pé da escada da residência.

Desmaio fatal

A pobre mulher estava no chão com as pernas esticadas, um dos braços estendido ao lado do corpo e o outro sobre o peito, e sua cabeça se encontrava levemente inclinada para um dos lados. O garoto chegou a pensar que Zona estava dormindo antes de se dar conta de que ela estava morta e, aterrorizado, saiu correndo em busca de sua mãe.
A vizinha, então, chamou George Kapp — o médico local — e, uma hora depois, quando os dois chegaram à casa dos Shue, Erasmus já havia se encarregado de preparar o cadáver da esposa para o funeral, algo bem incomum na época. Ele vestiu Zona com um vestido de gola alta e firme, cobriu seu rosto com um véu e permaneceu todo o tempo chorando com a cabeça da mulher nos braços enquanto o médico tentava determinar a causa da morte.

Comportamento bizarro

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Zona Shue
Ao tentar examinar a cabeça e pescoço de Zona com mais detalhe, o ferreiro se tornou muito agitado. No entanto, atribuindo o comportamento ao sofrimento, Kapp decidiu finalizar o procedimento para evitar provocar Erasmus. E como não encontrou nada de errado nas partes examinadas e havia tratado a defunta algumas semanas antes da morte, ele concluiu que ela havia morrido por conta de um desmaio fatal, versão que depois foi alterada para “parto”.
O enterro de Zona ocorreu no dia seguinte à sua morte, e Erasmus voltou a se comportar de maneira bizarra. Além de vestir a mulher com o modelito de gola alta e véu, ele cobriu a cabeça e pescoço da morta com um grande lenço. Segundo as testemunhas, Shue não saiu do lado do caixão e não deixava ninguém se aproximar, mexendo no pescoço da esposa várias vezes. Ele chegou a usar uma almofada e um tecido enrolado para elevar a cabeça da finada.
Embora a maioria dos presentes tenha atribuído as esquisitices de Shue à dor de ter perdido a esposa, a mãe de Zona estava convencida de que havia o dedo do genro nessa história. Foi então que a mulher começou a rezar diariamente pedindo que a filha voltasse dos mortos para lhe contar a verdade. E não é que Zona atendeu aos pedidos da mãe!

Assombração

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Mary Jane Heaster
De acordo com Mary Jane Heaster — a mãe de Zona —, a filha apareceu para ela em sonhos e contou o que havia acontecido, revelando que Shue era um marido abusivo e que uma noite teve um ataque de fúria e quebrou seu pescoço. Mary então conseguiu convencer o procurador de Greenbrier a reabrir o caso e pedir uma autopsia completa no corpo de Zona, que revelou que a causa da morte não havia sido nenhum desmaio ou parto.
O exame mostrou que existiam marcas de dedos no pescoço de Zona — indicando que ela havia sido estrangulada — e um deslocamento entre a primeira e a segunda vertebra. Além disso, a traqueia estava esmagada e havia ligamentos rompidos. Investigações posteriores revelaram que Shue dizia abertamente que gostaria de se casar sete vezes, e já tinha sido casado outras duas vezes antes de Zona surgir em sua vida.
A primeira esposa contou que o ex-marido era extremamente violento, e a segunda morreu misteriosamente apenas 8 meses após o casamento. Pouco tempo depois Shue se uniu a Zona em matrimônio. O ferreiro foi levado a julgamento e seu advogado tentou ridicularizar a mãe da morta durante o interrogatório, mas a tática não deu certo. A mulher se manteve firme e as testemunhas devem ter acreditado nela, pois Shue foi considerado culpado de assassinato e condenado à prisão perpétua.
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Fonte: oarquivo

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